outubro 30, 2008

Primeiro Congresso Internacional de Moda em Madri - repercussão

Gilles Lipovetsky e Isabelle Anchieta
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Ter contato com o autor que é a principal referência de minha pesquisa, o filósofo francês Gilles Lipovetsky, foi a mesma sensação de ver a Torre Eiffel ou o acervo do Louvre pela primeira vez - me dei conta que as coisas que nos parecem grandiosas, impossíveis são reais e mais acessíveis do que imaginamos. O mundo fica pequeno, ou melhor familiar e nos sentimos parte dele. Lipovetsky foi uma surpresa, apresentei a ele minha pesquisa (A quarta mulher) e demosntrou real interesse, me pedindo até que envie cópia do trabalho em francês.
Queria compartilhar também a repercussão da apresentação da segunda pesquisa selecionada para Congresso Internacional, em Madri, o projeto "Laboratório de Moda Brasil". Eu e minha mãe, a designer Adrienne Rabelo, ficamos entre os 10 pesquisadores escolhidos no mundo todo para apresentar o trabalho na programação oficial. Para nossa surpresa o trabalho repercutiu muito, as pessoas tiravam fotos dos slides e dos desenhos. Após a apresentação fomos convidadas por mais três Universidades (EUA, México e Espanha) para reapresentar o trabalho, legal, não!? Uma participante do Congresso, uma brasileira, Angélica da Silva, que hoje faz parte da equipe do museu do traje registrou toda a palestra e divulgou em seu blog na forma de slide (disponibilizei o slide tb no blog). Obs. A Angélica é uma pessoa super generosa e seu blog digno de atenção, compartilha junto com outros cariocas espalhados pelo mundo dicas preciosas sobre Moda e Modos de Vida na Europa, para quem quer dicas preciosas o site as oferece generosamente

outubro 02, 2008

O animal que voa com a cabeça


“E, se mais adiante, te faltarem todas as escadas, será preciso saberes trepar sobre a tua própria cabeça; senão como quererias subir mais alto?” (Nietzsche. AF.Z, P.122,)

Fomos obrigados a voar com a cabeça. Diante do precipício das nossas limitações construímos pontes. Ultrapassar. Ir além do que nos torna banais. E se voar é fruto da superação de nossos limites e deficiências, isso torna-se ainda mais grave para aqueles ditos “fracos”.
Mas, os fracos de possibilidades, os não agraciados pelo destino que tem fome de vida e superação são os homens/mulheres que voam. Rastejam, desejam asas e voam. Uma potência que testa nossa paciência, nossa coragem, nossos limites. Cansa, mas há de restar sempre a fé no que se pode vir a ser. E, se só ela restar, toda a força pode ser restituída de uma só vez. Podemos perder tudo, nunca essa pequena chama, capaz de reacender todo o nosso ser.
Agora entendo a frase de Nietszche em que afirma que...“ se mais adiante, te faltarem todas as escadas, será preciso saberes trepar sobre a tua própria cabeça; senão como quererias subir mais alto?” (Nietzsche. AF.Z, P.122)