novembro 10, 2013

Socióloga brasileira está entre os escolhidos na Competição Mundial organizada pelo ISA (Associação Internacional de Sociologia)/ UNESCO


Com o artigo intitulado “A sociedade de rostos” em que trata da crescente importância da imagem humana_ e sua circulação nas redes sociais_ como uma nova forma de luta por reconhecimento e integração social no séc. XXI a aluna da pós-graduação da USP, Isabelle Anchieta _orientanda da professora Maria Arminda Arruda do Nascimento_ foi escolhida, junto a outros sete doutores e doutorandos, na Sexta Competição Mundial de jovens sociólogos convocada pela Associação Internacional de Sociologia , com apoio da UNESCO . Foram primeiramente selecionados 120 artigos centrados em problemas socialmente relevantes entre pesquisadores de instituições de ensino em todo o mundo, formados há menos de 10 anos. Em seguida 8 foram selecionados sendo a doutoranda a única brasileira. Isabelle receberá menção honrosa durante o XVIII Congresso Mundial de Sociologia que ocorre em Yokohama, Japão, em julho de 2014.
Para a reflexão  Isabelle selecionou, como estudo de caso, o drama das mulheres sem rosto do Paquistão, que sofreram a desfiguração por meio de ácido por seus companheiros e o impacto de suas imagens nas redes sociais brasileiras. Seu objetivo era demonstrar como a violência contra a expressão mais visível da identidade social, o rosto, promove uma comoção que supera fronteiras étnicas, raciais, sexuais e culturais, instaurando a ideia de Humanidade.
Em um trecho afirma: “Trata-se de um processo social que aponta mudanças nas relações de poderes _ em que os indivíduos começam a questionar a soberania dos Estados-nação e inclusive de sua cultura local, em defesa de algo que nos transcende e nos une: a humanidade. Ideia que tem ganhado materialidade e força através de organizações internacionais e na crescente demanda por Direitos Humanos. Dados que indicam um nova tendência global nas relações humanas, uma nova forma de luta por reconhecimento, identificação e integração, que tem curiosamente como motor a aceleração da individualização. Momento em que todos tratam se ser vistos, ouvidos e lidos em um novo ambiente global onde a imagem do rosto passa a ser a expressão mais aguda do direito de individualização. A face parece ser a imagem dessa nova ordem de socialização e integração pós-nacional”.
Atualmente a doutoranda conclui sua tese intitulada de “A Sociogênese da Imagem da Mulher no Ocidente, após a Descoberta da América” para o programa de pós-graduação em Sociologia da FFLCH, da USP. A aluna tem mestrado em Comunicação Social pela UFMG e atuou como professora de Jornalismo Cultural na Universidade Mackenzie/SP, Newton Paiva/BH e como jornalista para a Rede Globo Minas e repórter para a TV Cultura.
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