dezembro 11, 2008

Sobre o fim e o início de uma aula

Hoje foi o fim de mais um semestre. E despedir-se de uma turma é como perder algo precioso que foi construído com muito cuidado – no entanto, deixo em seguida esse pensamento saudoso quando percebo que algo perdura contrariando a minha ausência e a deles. Algo que possui uma força que tende para a continuidade e nunca ao fim: o conhecimento. Esse que perdura, cresce e nos torna quem somos. Essa turma (com outras que me foram muito especiais) engrandecem e dão força a essa palavra: ensino. Porque no fim das contas descobrimos que o “ensinar” só acontece quando a troca se estabelece, quando a relação se instaura. Hoje, ao fim de mais uma prova, fiquei conversando com alguns alunos que me davam o retorno sobre a minha forma de tratá-los, especialmente sobre os meus famosos “memoriais” (as fichas individuais que faço dos meus alunos acompanhando seu desenvolvimento durante o semestre) além da segunda chance que dou de revisão, corrigindo os exercícios com minhas fichas e os critérios de avaliação. Diziam que se sentiam respeitados e que realmente percebiam a minha vontade de ensiná-los e de não só transmitir o conteúdo.
Não imaginam o quanto me enobrece essa resposta, esse retorno, que felizmente são comuns em minha carreira. Manifestações de carinho e agradecimento que são, realmente, o combustível para meu trabalho. Um sinal de que é esse o caminho da educação: o respeito mútuo, uma obstinada vontade em aperfeiçoar, paciência e entusiasmo pelo que se faz. Obrigado meus caros alunos, pois só posso ser a professora que sou, na medida que tenho alunos igualmente dispostos a estabelecer essa preciosa relação; a relação que nos une por algo tão imaterial e sólido: o conhecimento.
Com carinho e admiração,
professora Isabelle

dezembro 02, 2008

Professora lança seu primeiro livro sobre Jornalismo Cultural (Prêmio Itáu Cultural)


Irei lançar meu primeiro livro na área denominado “O Ensino do Jornalismo Cultural no Brasil”, dia 03/12/08, em SP durante o II Seminário Internacional de Jornalismo Cultural. A publicação conta comigo e mais 8 professores de jornalismo do país selecionados pelo prêmio Rumos Itaú Cultural. Iremos apresentar um mapeamento crítico da questão do ensino e da discussão do conceito de jornalismo cultural. Em meu ensaio discuto qual o conhecimento produzido pelo jornalismo cultural.
>A seguir um trecho da minha discussão...
“Você já parou para pensar que tipo de conhecimento você adquire lendo as editorias jornalísticas destinadas à cultura? De qual é a relevância do que está apreendendo para a sua vida, sua formação? Essas respostas são importantes, pois grande parte do que nós conhecemos sobre a cultura; conhecemos por meio do jornalismo cultural. Saber o que estamos consumindo é sondar boa parte dos “sujeitos culturais” que somos.
E, pesa sobre essas questões controvérsias. Acusado de empobrecer a cultura por alguns e venerado por democratizá-la por outros o jornalismo cultural é, por isso, uma faceta polêmica e fascinante da comunicação”.

>>OBS. Estou muito entusiasmada com a publicação, minha primeira (espero que de muitas...). Esse é meu grande presente de Natal, o reconhecimento da minha reflexão na área.

II Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural

O norte-americano Andrew Leland, editor da The Believer; o diretor da Folha de S.Paulo, Otávio Frias Filho; e o professor de história da cultura Nicolau Sevcenko são alguns dos nomes que estarão reunidos no II Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural.

Sala Itaú cultural - Itaú Cultural Avenida Paulista 149 - Paraíso [próximo à estação Brigadeiro do metrô]
informações 11 2168 1777 www.itaucultural.org.br