junho 30, 2011

DECISÕES> Hoje eu tenho que decidir


Decidir que essa página em branco das indeterminações do "tudo o que pode ser" conforme-se, enfim, nas linhas de um trajeto,
É o fim da perfeição,
Dos múltiplos e infinitos caminhos dos sonhos na escolha incerta de uma realidade
Tortuosa,
Invisível aos nossos olhos,
...
Durante os momentos de decisões clamamos, em vão, os olhos das águias,
Mas, não vemos além,
Nesse ponto de cegueira a vida nos apresenta dois caminhos:
Parar no sonho ou seguir uma realidade
Optar, arriscar
Dizem que sonhar é bom: não é!
Sonhar é não ser. Sonhar é uma forma de covardia.
Realizar-se, mesmo que isso pareça infinitamente mais rude que o sonho: é ser, é errar, é tentar.
Mas, é acima de tudo viver uma vida.
Permanecer no sonho é a morte. É o não ter sido nada a espera do milagre sempre a frente do tempo, que para ser sonho, não se realiza nunca no presente...
O eterno retorno do nada.
É preciso realizar o sonho. Mesmo que essa realização seja precária, parcial,
Sob pena de nos condenarmos a mais torturante forma de viver. A convivência e a conivência com a nossa não realização, a falta de significado de nossa vida.
Como bem nos lembra Norbert Elias, na biografia de Mozart: “para se compreender alguém, é preciso conhecer os anseios primordiais que este deseja satisfazer. A vida faz sentido ou não para as pessoas, dependendo da medida em que elas conseguem realizar tais aspirações. (...) Quase todos têm desejos claros, passíveis de ser satisfeitos; quase todos tem alguns desejos mais profundos impossíveis de ser satisfeitos”
Eis a razão de nossa incompletude, mas também a nossa parcial e potencial realização nesse mundo.