julho 02, 2008

NoivaS do Cordeiro: uma história real de preconceito e solidariedade entre mulheres de uma comunidade rural de Minas Gerais

Foto: Beto Novaes/EM
Mais de 200 mulheres unidas por um sentido de vida coletiva que está além de qualquer formalismo, ideal político ou religioso. Um estar junto alicerçado em sentimentos raros e incomuns nos dias de hoje: o respeito mútuo; a solidariedade e essa palavra de luxo, o amor. Vivem em uma comunidade rural, tão perto e tão longe de Belo Horizonte: Noiva do Cordeiro, em Belo Vale, região Central de Minas, a 100 km da capital mineira.
Mas, essa vida organizada pelo “amor” tornou-se (sem que tivessem essa intenção) um modo revolucionário de se viver. Estas mulheres incomodaram profundamente pessoas habituadas as regras, aos dogmas, a desconfiança, a violência e ao desamor. Tanto que a comunidade que surgiu no sec. XIX foi por muito tempo isolada de outras pelo preconceito. Taxadas de prostitutas e com o agravante de não adotarem o catolicismo como religião e o casamento como regra elas sofreram, injustamente, uma série de constrangimentos.
No entanto, enganam-se os que acreditam na ingenuidade das “moças da roça”; articuladas e sabedoras de seus direitos essas belas mulheres viraram o jogo. Criaram uma associação; receberam a primeira escola de informática da zona rural de MG e hoje vendem os produtos artesanais que fabricam para lojas da região.
Quem "deu a ver" essa história foi o jornalista Gustavo Werneck em reportagem para o jornal Estado de Minas. Dela tomou conhecimento um colega e grande diretor de TV Alfredo Alves. Sensibilizado Alfredo resolveu contar a história dessas mulheres em um vídeo que foi ao ar pela GNT no dia 26/06/08. Um documentário que concilia um apurado senso estético e poético em sua edição, narração da escritora Lya Luft e depoimentos que nos fazem repensar o modo de vida que adotamos viver.

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