agosto 16, 2007

Uma crítica ao “Segredo”

Não haveria pobreza, fome e infelicidade se tudo tivesse como fundamento o pensamento. Se há algo misterioso não trata-se apenas do homem e da força de seu pensamento, mas acredito que a questão é bem mais complexa e, realmente, ininteligível para nós. O que há efetivamente de intrigante, ao meu ver, é a diferença entre os desejos das pessoas. Uns querem ser médicos, outros jornalistas, artistas, publicitários, advogados ou ainda estão satisfeitos com suas funções de pedreiro, secretária e etc. Há, ainda, aqueles que vem na ausência de trabalho a sua meta de vida (ganhar na Mega-Sena ou viver de rendimentos de seu milhão). Portanto, é esse "querer" individual, implícito e inquietante que cada um de nós possui que me parece ser o grande segredo. Uma espécie de vontade que recebemos e, que, ao segui-la, todas as coisas se descortinam em nossa frente de uma maneira sublime. Não que o caminho seja claro e liso; mas todo caminho que merece ser contado é tortuoso e difícil. Mas, vale a pena! Pois, tudo que é verdadeiro, dignificante e que realmente nos preenche como pessoa deve ser conquistado. E, o que nos move nessa direção é essa "vontade de potência" (F.Nietzsche). Esse é o grande segredo: seguir nossas convicções e nossos desejos mais íntimos, mesmo que isso nos custe muita energia, garra e, claro, tentativas.