Há dias que uma pedra pode inspirar um poema (que o diga Drummond), mas há
outros que pedra é pedra mesmo e ponto final.
Os propósitos parecem bons e a força para alcançá-los nos toma.
Nos sentimos sem energia, vazios,
A falta de sentido nos arrebata.
E se avida
não faz sentido, nossa vida parece contribuir para esse nada,
Não acreditamos no nosso valor e por isso, não sabemos porque nos
dão atenção, se preocupam...
Isso me lembra Khalil Gibran: “Não é a taça que contém vosso vinho a
mesma que foi queimada no forno do oleiro?”
Quem sabe me conformo e passo a entender, tal como Gibran, essa
indissociável e inescapável relação
"Elas são inseparáveis.
Vêm sempre juntas;
e quando uma está sentada à vossa mesa, lembrai-vos de que a outra dorme em
vossa cama.Em verdade, vós estais suspensos como os pratos de uma balança entre
vossa tristeza e vossa alegria.É somente quando estais vazios que estais
equilibrados.
Quando o guarda do tesouro vos suspende para pesar seu ouro e sua prata,
então deve a vossa alegria ou a vossa tristeza subir ou descer”.