"Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, espera que o sol já vem...escuridão já vi pior, de enlouquecer gente sã, espera que o sol já vem. Tem gente que não sabe amar, tem gente enganado a gente, veja a nossa vida como está, mas eu sei que um dia a agente aprende , se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança" (Renato Russo)
Essa letra já fez sentido em minha vida uma vez e novamente o faz. Mas, agora ela ganhou uma leveza e uma compreensão que não possuia da primeira vez. Com essa constatação perecebo que estou mais forte. Pois, cada ruptura que passo em minha vida funciona como um rito necessário. Confio, como nunca, na generosidade da vida, mesmo quando estou diante de grandes perdas, ou melhor, é justamente nelas em que percebo sua maior grandeza. A vida nos afasta do que não nos serve mais. Há as vezes uma grande violência nisso, como se uma criança perdesse um dedo, amputado por uma porta. Desses sofrimentos que nos parecem inexplicáveis, cruéis demais para qualquer explicação, para qualquer consolo. A vida tem suas cruezas, mas são nelas em que estão as nossas grandes e fundamentais mudanças. Há um incômodo nisso, um luto, um distanciamento do mundo, como se assistíssemos chocados a nossa rotina e estranhessemos o repetir sem sentido de nossas vidas. É o para que! É o absurdo que nos bate a porta e nos faz questionar nossa vida em sua totalidade, em sua utilidade. Mas, hoje não tenho um tom choroso ao refletir sobre essas coisas. É leve, seguro.
Essa letra já fez sentido em minha vida uma vez e novamente o faz. Mas, agora ela ganhou uma leveza e uma compreensão que não possuia da primeira vez. Com essa constatação perecebo que estou mais forte. Pois, cada ruptura que passo em minha vida funciona como um rito necessário. Confio, como nunca, na generosidade da vida, mesmo quando estou diante de grandes perdas, ou melhor, é justamente nelas em que percebo sua maior grandeza. A vida nos afasta do que não nos serve mais. Há as vezes uma grande violência nisso, como se uma criança perdesse um dedo, amputado por uma porta. Desses sofrimentos que nos parecem inexplicáveis, cruéis demais para qualquer explicação, para qualquer consolo. A vida tem suas cruezas, mas são nelas em que estão as nossas grandes e fundamentais mudanças. Há um incômodo nisso, um luto, um distanciamento do mundo, como se assistíssemos chocados a nossa rotina e estranhessemos o repetir sem sentido de nossas vidas. É o para que! É o absurdo que nos bate a porta e nos faz questionar nossa vida em sua totalidade, em sua utilidade. Mas, hoje não tenho um tom choroso ao refletir sobre essas coisas. É leve, seguro.
Não que o fato não tenha me mobilizado (por isso escrevo), mas o que essa experiência me causou foi raiva, porque sinto que as pessoas estão perdendo valores preciosos. Não falo de valores morais, religiosos ou nada dessa ordem. Mas, de valores humanos, esses que não precisam de regras, normas, apenas de respeito, solidariedade, generosidade, ética e bom senso. As pessoas estão vulgares. Mesquinhas, economizando seus sentimentos e, com eles, a grandeza do que podem vir a ser através do efeito propagador da generosidade. Há pouca nobreza nas relações interpessoais e o que une uns aos outros é frágil demais para passar por qualquer prova, a mais banal prova de lealdade, amizade. Corrompem-se na primeira e mais leve curva, fracos! Fracos de caráter, fracos! Não consigo sequer sentir pena, dó, pois me provocam repulsa.
Por isso, a perda de hoje me deixou mais forte, mesmo que essa força se dê as custas de uma solidão, de um isolamento. Quem sabe o dramaturgo norueguês Henrik Ibsen tenha razão quando sentenciou que o fim de homens e mulheres que decidiram ser fiéis a si é a solidão. Dizia ele, na peça "O Inimigo do Povo" que "o homem mais forte é o que está mais só".
Minha solidão pessoal, evidentemente, não é extrema, tenho clareza disso. Tenho ao meu lado pessoas nobres, dignas de minha admiração. Nelas sinto o ar mais puro, a mente mais livre, o corpo entregue em confiança, essa palavra: confiança, quero repetí-la mais uma vez na esperança que se fixe...esse sentimento tão raro, tão nobre de que poucos são capazes.
Por isso, a perda de hoje me deixou mais forte, mesmo que essa força se dê as custas de uma solidão, de um isolamento. Quem sabe o dramaturgo norueguês Henrik Ibsen tenha razão quando sentenciou que o fim de homens e mulheres que decidiram ser fiéis a si é a solidão. Dizia ele, na peça "O Inimigo do Povo" que "o homem mais forte é o que está mais só".
Minha solidão pessoal, evidentemente, não é extrema, tenho clareza disso. Tenho ao meu lado pessoas nobres, dignas de minha admiração. Nelas sinto o ar mais puro, a mente mais livre, o corpo entregue em confiança, essa palavra: confiança, quero repetí-la mais uma vez na esperança que se fixe...esse sentimento tão raro, tão nobre de que poucos são capazes.
Hoje eu quero confiar, mais uma vez, na generosidade da vida, no que ela tem de destrutiva e renovadora. Incondicionalmente. Amor fati!
2 comentários:
Olá Isabelle. Sou jornalista da Revista Mátria, publicação anual da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), voltada para o público feminista. Andei lendo alguns artigos seus sobre imagem da mulher e diversas opiniões que me chamaram atenção. Um das pautas da Revista deste ano, que será lançada em março, é a imagem da mulher na mídia. ´´E possível marcar uma entrevista com você? (por telefone ou e-mail, como preferir). Meu emai´l é frissondf@gmail.com. Obrigado pela atenção. Joao Paulo Rabelo.
A cada vez que venho aqui, me impressiono com sua capacidade de colocar as palavras, e descrever um sentimento, que às vezes, todos sentimos. Você é realmente especial e iluminada.
Que neste novo ano seus sonhos se materializem e que Deus te abençoe!!!
Um grande beijo,
Com admiração e carinho,
Bruna.
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