de Jean-François de Troy (1679-1752)
Acreditava que já havia passado por muitas perdas e muitos testes. Já havia enfrentado a fome. O desalento. A solidão. A superação profissional. A superação física. Doenças graves. A ausência de um apoio afetivo, familiar. A inveja. A injustiça. A maldade. Tudo. E, todas essas coisas não foram capazes de me deter. Ao contrário, mostravam o quanto havia em mim uma força infinita, capaz de ressurreições e de uma vontade de vida pulsante, vontade de potência, de uma segunda infância. Por essas razões, sempre me julguei capaz de enfrentar qualquer medo, qualquer coisa. Mas, agora.... Enfrento minha pior e mais grave fragilidade. Pois, foi justo quando a alma serenou e o amor incondicional tomou conta de mim; justo quando estava em paz em companhia do sentimento mais sublime e puro que se possa compartilhar, que minha alma partiu-se ao meio. Quando não estava com as armas em punho, nem a armadura no corpo para esse golpe. Tudo em mim oferecia-se nessa cumplicidade amiga, nessa segurança eterna...Mas, o eterno, como “o terno eterno” de nossa alma, não existe. A alma é feita para as batalhas, mas percebi que nem sempre estamos prontos para elas.
Não poderia imaginar que a segurança que me acompanhava há anos, um pedaço de mim, pudesse _ em um corte _ ser amputado, separado. Está. É fato. A morte é um corte no tempo que nos separa em instantes da companhia tão amada, tão viva...Agora, é fato. O corte no tempo se impõe. Há segundos, agora horas, agora semanas que me separam aos poucos. De castigo: essa solidão silenciosa, fatal. Vivo todos os sentimentos: ora raiva, melancolia, saudade, alívio, tristeza, confusão, revolta, cansaço. Não sabia como eles poderiam se alternar com tanta velocidade....Enfrento, ainda sem saber como sair, o meu mais grave sentimento, minha mais exigente superação,
Não poderia imaginar que a segurança que me acompanhava há anos, um pedaço de mim, pudesse _ em um corte _ ser amputado, separado. Está. É fato. A morte é um corte no tempo que nos separa em instantes da companhia tão amada, tão viva...Agora, é fato. O corte no tempo se impõe. Há segundos, agora horas, agora semanas que me separam aos poucos. De castigo: essa solidão silenciosa, fatal. Vivo todos os sentimentos: ora raiva, melancolia, saudade, alívio, tristeza, confusão, revolta, cansaço. Não sabia como eles poderiam se alternar com tanta velocidade....Enfrento, ainda sem saber como sair, o meu mais grave sentimento, minha mais exigente superação,
Um comentário:
bonito texto...palavras bem colocadas, o assunto principal como plano de fundo..inteligente...
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