Qual é a imagem pública da mulher contemporânea? Quais foram às imagens anteriores que proporcionaram o aparecimento dessa nova? A mulher conquistou uma imagem social emancipada, capaz de possibilitar a experiência da singularidade? Essas são as questões da pesquisa que desenvolvo há um ano*. Para minha satisfação e surpresa fui convidada para apresentar essa pesquisa em Madri, no primeiro Congresso Internacional de Moda da Europa (que acontecerá em outubro). O evento reunirá grandes nomes e conta com a participação do autor que inspirou a pesquisa, o filósofo francês Gilles Lipovetsky, autor dos livros “O Império do Efêmero”; “A Terceira Mulher” e “O Luxo Eterno” .
Analisei mais de 200 imagens desde a pré-história; passando pela Grécia, Idade Média; Renascimento; Modernidade até chegar as propagandas na pós-modernidade. Denominei de “quarta mulher”, a mulher do século XXI que passou por uma série de fases até conquistar uma imagem pública, social e midiática emancipada. Primeiro analisei as imagens de valor místico da pré-história; diabólicas da tradição grega e cristã; maternais e etéreas do Renascimento; ingênuas e manipuláveis representadas pelas Pin-ups americanas e magra e eficiente, representada pelas manequins do séc. XX na sociedade capitalista. E, se por um lado constata-se que a mulher do séc. XX consegue, pela primeira vez na História, constituir um imaginário distante das imposições masculinas, por outro, a sociedade Capitalista cria uma nova série de auto-coerções e controles patológicos. Ser magra; estar na moda; ser bem sucedida e boa mãe. Há agora um acúmulo de condutas eficientes que tornam-se um peso para a mulher, gerando ansiedade, depressão e frustração. E, é a tomada de consciência dessa contradição, que constitui o que denomino “A Quarta Mulher”. Ela nasce da crítica e da constituição de um novo comportamento, mais flexível e respeitoso com as diferenças raciais; estéticas; espirituais; étnicas; culturais e pessoais das mulheres. Trata-se de uma mulher que respeita suas limitações e amplia o conceito de beleza e de realização pessoal para além da aparência física.
Analisei mais de 200 imagens desde a pré-história; passando pela Grécia, Idade Média; Renascimento; Modernidade até chegar as propagandas na pós-modernidade. Denominei de “quarta mulher”, a mulher do século XXI que passou por uma série de fases até conquistar uma imagem pública, social e midiática emancipada. Primeiro analisei as imagens de valor místico da pré-história; diabólicas da tradição grega e cristã; maternais e etéreas do Renascimento; ingênuas e manipuláveis representadas pelas Pin-ups americanas e magra e eficiente, representada pelas manequins do séc. XX na sociedade capitalista. E, se por um lado constata-se que a mulher do séc. XX consegue, pela primeira vez na História, constituir um imaginário distante das imposições masculinas, por outro, a sociedade Capitalista cria uma nova série de auto-coerções e controles patológicos. Ser magra; estar na moda; ser bem sucedida e boa mãe. Há agora um acúmulo de condutas eficientes que tornam-se um peso para a mulher, gerando ansiedade, depressão e frustração. E, é a tomada de consciência dessa contradição, que constitui o que denomino “A Quarta Mulher”. Ela nasce da crítica e da constituição de um novo comportamento, mais flexível e respeitoso com as diferenças raciais; estéticas; espirituais; étnicas; culturais e pessoais das mulheres. Trata-se de uma mulher que respeita suas limitações e amplia o conceito de beleza e de realização pessoal para além da aparência física.
* A pesquisa já foi apresentada, na forma de um mini-curso na Academia de Idéias em nov. de 2007 e, na ocasião, o jornal Estado de Minas publicou uma reportagem sobre a pesquisa.
* Estou, mais uma vez, muito feliz por essa conquista, que não é só minha, mas resultado da relação de admiração, apoio e motivação forjada com meus alunos de Divinópolis, da Fumec, da Newton Paiva, meus caros colegas professores, amigos, familiares, do Fábio Caporali, da Cida, da Marialice e de todos da Newton e da UFMG.
8 comentários:
Bravo!!!
Oi Isabelle, faz uns dias que não passo por aki ... tava com saudade (hehehehe).
Fiquei feliz com a boa notícia e com mais essa conquista sua, porque pra mim é bom saber que aqui tem gente produzindo conhecimento, sendo referência para outros pesquisadores, em tempos em que a educação é tão precária e mercantilizada é um alívio saber que nós alunos temos referências, incentivos,pessoas das quais nós podemos nos orgulhar...PARABÉNS de coração...Bjos.
Oi Elidy (gostei da foto)
Tb estou com saudade, achei que nos veríamos hj na aula.
Obrigado pelas considerações, fico feliz em saber que ocupo esse lugar "ético". Esse retorno é, também, um incentivo e uma referência para mim.
Bjão
Oi Geisa,
obrigado pela atenção. Não estou me contendo com a notícia. É um reconhecimento do meu estudo e das minhas idéias. fruto, como sabe, de muita luta e esforço. Não é fácil, mas vale por um momento desse. Como diria meu amigo "se não persistimos no ruim o bom não vem".
Bjs
Oi tchutchuca ! A mulher vence todos os paradigmas que a deixa perdida nesse mundo de ansiedade e insegurança, a partir do momento em que compreende onde se localiza o contexto de força feminina. De fato, o corpo da mulher se modifica mais que o do homem, fazendo dessa diferença um excelente motivo para gerar instabilidade física, emocional, social... A mulher que sabe respeitar o próprio corpo e administrar os hormônios que a deixa tão perdida as vezes, "controlará o mundo ao seu redor e se tornará a rainha do universo". A autenticidade da natureza feminina está na sua integridade e função extremamente ligada `a responsabilidade de decidir, se o mundo irá, ou não, prosperar, Acredita-se que o controle de natalidade será cada vez mais possível, pelo avanço cultural que diz respeito ao livre arbítrio da mulher e seu poder de ponderação. As mulheres estão com as rédeas nas mãos, só é preciso saber cavalgar, e seguir rumo a uma grande aventura, ou um bom passeio apenas. Não tenha medo!
Parabéns pela vitória !
Olá Isabele!
Talvez não se lembre mais, mas fui seu aluno na FADOM, e fico muito feliz em saber que tem alcaçado o sucesso a largos passos. Como seu ex-aluno, posso afirmar que o mínimo que você merece e que tenho uma grande admiração pelo seu trabalho. Diria mais ainda, digo que a quinta mulher que está por vir pode muito se espelhar na sua pessoa.
Um grande abraço e caso queira manter contato meu email é mardemnogueira@gmail.com
Professora.....ahhhhhhh.
que máximo isso hein..acabei de ler a notícia no site da newton e vim correndo saber se tinha alguma coisa por aqui..
Definitivamente, Isabelle: você é minha inspiração...
é meu sonho estudar e apresentar trabalhos na europa...
VOCÊ MERECE TUDO DE BOM...porque é muito especial..uma ótima pessoa..ótima professora...maravilhosa...linda ...e super inteligente..
Você nasceu pra brilhar e já está brilhando..é uma vencedora.
Vá em frente e boa sorte!
Espero te encontrar pela faculdade antes de você viajar...
Arrase por lá.
Beijos..
Oi Débora,
Primeiro: Nossa!!!! Obrigado por todas as palavras, por seu carinho e torcida sincera (coisas raras hj em dia).
Há uma vida impressionante em suas palavras como em vc. É como se pudesse te ver dizendo cada uma delas.
Mas, vc viu só que legal. Nem eu estou acreditando, é, realmente, a realização de um grande sonho.
Adorei sua atenção e carinho,
Tb te admiro muito e vejo em vc muito dos meus desejos e pocisionamentos,
Bjs
Postar um comentário