
Analisei mais de 200 imagens desde a pré-história; passando pela Grécia, Idade Média; Renascimento; Modernidade até chegar as propagandas na pós-modernidade. Denominei de “quarta mulher”, a mulher do século XXI que passou por uma série de fases até conquistar uma imagem pública, social e midiática emancipada. Primeiro analisei as imagens de valor místico da pré-história; diabólicas da tradição grega e cristã; maternais e etéreas do Renascimento; ingênuas e manipuláveis representadas pelas Pin-ups americanas e magra e eficiente, representada pelas manequins do séc. XX na sociedade capitalista. E, se por um lado constata-se que a mulher do séc. XX consegue, pela primeira vez na História, constituir um imaginário distante das imposições masculinas, por outro, a sociedade Capitalista cria uma nova série de auto-coerções e controles patológicos. Ser magra; estar na moda; ser bem sucedida e boa mãe. Há agora um acúmulo de condutas eficientes que tornam-se um peso para a mulher, gerando ansiedade, depressão e frustração. E, é a tomada de consciência dessa contradição, que constitui o que denomino “A Quarta Mulher”. Ela nasce da crítica e da constituição de um novo comportamento, mais flexível e respeitoso com as diferenças raciais; estéticas; espirituais; étnicas; culturais e pessoais das mulheres. Trata-se de uma mulher que respeita suas limitações e amplia o conceito de beleza e de realização pessoal para além da aparência física.
* A pesquisa já foi apresentada, na forma de um mini-curso na Academia de Idéias em nov. de 2007 e, na ocasião, o jornal Estado de Minas publicou uma reportagem sobre a pesquisa.
* Estou, mais uma vez, muito feliz por essa conquista, que não é só minha, mas resultado da relação de admiração, apoio e motivação forjada com meus alunos de Divinópolis, da Fumec, da Newton Paiva, meus caros colegas professores, amigos, familiares, do Fábio Caporali, da Cida, da Marialice e de todos da Newton e da UFMG.